Caso Marielle: Julgamento de Ronnie Lessa e Élcio Queiroz será retomado às 8h desta quinta-feira

A sessão, no 4º Tribunal do Júri da Justiça do RJ, ocorre mais de 6 anos após o atentado, em 14 de março de 2018. Todas as testemunhas e os réus foram ouvidos no 1° dia de julgamento. Sessão desta quinta-feira será para concluir os trabalhos. O julgamentos dos assassinos de Marielle e Anderson começou nesta quarta-feira A juíza Lúcia Glioche, do 4º Tribunal do Júri da Justiça do RJ, responsável pelo julgamento dos ex-policiais militares Ronnie Lessa e Élcio Queiroz, assassinos confessos da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes, decidiu suspender a primeira sessão do julgamento às 23h50 desta quarta-feira (30). Logo após o fim dos depoimentos do réu Élcio Queiroz, a magistrada determinou que a sessão fosse interrompida. A juíza decidiu que o julgamento fosse retomado às 8h de quinta-feira (31). (Veja os detalhes do julgamento na reportagem) Ao todo, o primeiro dia de julgamento durou mais de 13 horas. Ao longo do dia, todas as testemunhas de defesa e acusação foram ouvidas, assim como os réus que assistiram e falaram por videoconferência da cadeia onde estão presos. Tire dúvidas sobre o processo A sessão, no 4º Tribunal do Júri da Justiça do RJ, ocorre mais de 6 anos após o atentado, em 14 de março de 2018. A irmã de Marielle, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, assistiu à sessão de quarta-feira na primeira fileira do plenário entre a filha de Marielle, Luiara, e o pai, Antônio. Depuseram nesta quarta: Fernanda Chaves, assessora de Marielle e sobrevivente do atentado; Marinete Silva, mãe de Marielle; Mônica Benício, viúva de Marielle e vereadora reeleita no Rio; Ágatha Arnaus, viúva de Anderson; Carlos Alberto Paúra Júnior, policial civil que fazia parte do núcleo que investigou o carro usado no crime; Luismar Cortelettili, agente da Polícia Civil do Rio. Carolina Rodrigues Linhares, perita criminal Guilhermo Catramby, delegado da Polícia Federal e primeira testemunha de defesa Marcelo Pasqualetti, policial federal Ronnie Lessa, réu Para entender o julgamento em 5 pontos Ronnie e Élcio respondem por 3 crimes (duplo homicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio e receptação) e podem ser condenados a 84 anos cada um. A previsão é de pelo menos 2 dias de sessão, com o depoimento de 9 testemunhas. O destino da dupla será decidido por 7 jurados, todos homens, sorteados de um grupo de 21 pessoas. Caso o júri decida pela condenação, a juíza Lúcia Glioche calculará a pena deles. Há um processo paralelo no STF, que julga os irmãos Brazão e o delegado Rivaldo Barbosa como mandantes. Corre lá por causa do foro dos réus. A juíza Lúcia Glioche no julgamento do caso Marielle Reprodução/GloboNews 1ª testemunha: Fernanda Chaves "Eu achei que tínhamos passado por um confronto" A 1ª a falar foi a assessora Fernanda Chaves, sobrevivente do atentado. Ela participou da sessão por videoconferência e pediu que os réus não assistissem ao depoimento. A jornalista começou a fala relembrando o 14 de março de 2018. “O carro estava bem devagar. Foi quando teve uma rajada. Num reflexo, eu me encolhi no banco do Anderson. Os tiros já tinham atravessado a janela. O Anderson esboçou dor, falou um ‘ai’. Marielle estava imóvel, e eu senti o corpo dela sobre mim”, narrou. “Eu acreditava que o carro tinha passado pelo meio de um tiroteio. Abri a porta e desci engatinhando com muito cuidado. Eu estava ensanguentada, muito suja de sangue. E comecei a gritar por socorro, pedir ajuda, por uma ambulância”, prosseguiu. “Eu sentia que meu corpo inteiro ardia. Eu olhei para dentro do corpo e esperava que Marielle estava desmaiada. Eu não queria acreditar que ela estivesse morta.” O Ministério Público do Rio de Janeiro perguntou a Fernanda o que mudou na vida dela com o atentado. “Minha vida mudou completamente. Embora sejam que quase 7 anos desse atentado, não há normalidade. Eu tive que sair do país. Fui orientada a sair imediatamente da minha casa. Eu saí de casa 2 dias e meio depois com meu marido e a minha filha, após aguardar o trâmite da Anistia Internacional, que ofereceu um acolhimento”, afirmou. “Eu fazia parte da coordenação política dela, mas antes disso tínhamos quase 15 anos de amizade. Eu não pude ir ao velório, ao enterro, à missa de sétimo dia. As pessoas acham glamuroso estar fora do país, mas eu queria estar lá.” “O impacto sobre a minha filha foi o mais preocupante para a gente. A minha filha, no dia que saímos do Rio de Janeiro, a gente teve que sair em um carro escoltado, abaixados, eu estava de boné. Parecia que eu estava fugindo. Ela se sentiu em fuga. Quando a gente entrou no avião e anunciou a decolagem, ela simplesmente virou para mim e falou: ‘Mamãe, o que é assassinato?’. Ela desconhecia o que era isso. Em um primeiro momento evitamos falar o que tinha acontecido. Ela achava que era um acidente de carro.” 2ª testemunha: Marinete, mãe de Marielle "Eu não sentia coisa boa no meu coração em relação ao mandato partidário" diz Marinete Silva, mãe de Marielle A 2ª a depor foi Marinete Silva, mãe da vereadora. A fala começou com uma descrição de como era Marielle, desde a gravidez e a infância. “A falta que a minha filha faz é imensurável”, declarou. Marinete contou que foi contrária à candidatura da filha. No entanto, ela afirmou que em 2018 a parlamentar estava vivendo o melhor momento profissional. “Eu fui contra [à candidatura], isso era público. Eu não sentia coisa boa no meu coração em relação ao mandato partidário. Eu nunca tive partido, então isso me preocupou bastante. Mas quem era eu na época para contrariar os desejos de uma mulher de 38 anos? O partido não tinha uma candidata negra, e por isso ela foi”, disse Marinete. 3ª testemunha: Mônica Benício, viúva de Marielle "Aprendi que o amor está nos detalhes. Lembro do último segundo que eu vi minha esposa com vida. Última coisa que ela me disse foi eu te amo" diz Mônica Benício, ex-mulher de Marielle Franco A 3ª testemunha foi a vereadora reeleita Mônica Benício, viúva de Marielle. Ela se emocionou logo no início do depoimento e ficou em silêncio por alguns minutos. “A Marielle era uma das pessoas mais companheiras que já conheci.” Marielle estava no momento mais feliz da vida dela”, lembrou, sobre o março de 2018. “Era uma figura política em ascensão. Tinha agenda política nos 7 dias da semana. Estava feliz com o retorno do trabalho dela”, emendou. “Eu lembro do último segundo que vi a minha esposa com vida. E ela disse: ‘Eu te amo’”. A vereadora afirmou que Marielle tinha variadas causas na Câmara dos Vereadores do Rio, e uma delas era a questão fundiária — relacionada à ocupação do solo urbano e moradia — e que isso pode ter sido a causa da morte da companheira. “Com toda certeza ela tinha a preocupação da defesa da cidade. Como era uma pauta que me interessava, eu sempre acompanhei de perto. Ela tinha uma arquiteta urbanista que estava no mandato dela para discutir a cidade de maneira interseccional. A gente pensa a cidade de muitas frentes. E como a Marielle defendia a questão da moradia de forma digna, da favela e periferia, isso era um debate”. 4ª testemunha: Ágatha Arnaus, viúva de Anderson 'Sempre vai ter alguma coisa sem o Anderson', diz Agatha Reis, viúva de Anderson Gomes A 4ª a falar foi Ágatha Arnaus, viúva do motorista Anderson. A advogada lembrou como foi o último dia de vida do marido e como foi enfrentar o luto. A viúva contou que Anderson se preparava para uma vaga de mecânico de aviação, formação que ele tinha e queria seguir. No tribunal, o promotor mostrou áudios do homem em sua última conversa com a esposa e um vídeo dele descobrindo que seria pai: um dos seus maiores sonhos. Ágatha lembrou que o filho era desejado desde a época do namoro, e que Anderson sofreu ao saber que ele teria uma condição especial rara, mas que não perdeu a fé e sempre deu apoio à mulher. Para ela, o filho sofreu consequências psicológicas no desenvolvimento por conta da morte do pai. Arthur, que tinha 1 ano e 8 meses, teve ainda um exame genético prejudicado pelo crime pois dependia da coleta de Anderson. O exame fazia parte da investigação do diagnóstico do menino. "Eu nunca tinha feito nada sem o Anderson, sempre tive ele ao meu lado. Eu tinha 27 anos e não consegui processar tudo. Eram várias coisas para equilibrar, não sabia se voltava a estudar, queria fazer algo pra mim. Eu lembro de uma frase que meu pai me disse: ‘tudo que eu fizesse a partir dali seria a 1ª vez sem o Anderson’", relembra ela. 5ª testemunha: Carlos Alberto Paúra Júnior O investigador falou sobre o processo de investigação para definir que o carro usado no crime foi clonado e para localização das placas. 6ª testemunha: Luismar Cortelettili Luismar Cortelettili, agente da Polícia Civil do Rio, explicou como foi estabelecido nas investigações que Élcio de Queiroz esteve na região da casa de Ronnie Lessa no dia do crime e que estiveram na região do Bar Resenha após o crime. 7ª testemunha: Carolina Rodrigues Linhares Foi exibido uma gravação de um depoimento da perita criminal, Carolina Rodrigues Linhares. No vídeo, ela explicou como foi feita a perícia em estojos de projéteis recolhidos no dia do crime e a comparação com a submetralhadora MP5, de calibre 9 mm que foi usada no crime. A conclusão que essa arma foi usada foi tomada após a reprodução simulada do caso. 8ª testemunha: Guilhermo Catramby Delegado de Polícia Federal, Catramby foi a primeira testemunha de defesa. Ele detalhou a investigação da PF sobre o caso, disse que havia um cenário "árido" na apuração do crime e falou sobre o que as colaborações dos acusados trouxeram. “A colaboração do Élcio levou a investigação a outro patamar”, afirmou. 9ª testemunha: Marcelo Pasqualetti O policial federal Marcelo Pasqualetti foi convocado pela defesa de Ronnie Lessa. Ele falou sobre as investigações sobre a arma usada no crime e disse q a PF não conseguiu confirmar como o Lessa a conseguiu. Réu: Ronnie Lessa Ronnie Lessa, assassino confesso de Marielle Franco, fala ao júri Reprodução O assassino confesso de Marielle e Anderson deu detalhes sobre como cometeu os crimes, o que abalou parentes das vítimas. Ele também disse que Marielle se tornou "pedra no caminho" dos mandantes do assassinato. Ronnie também deu detalhes sobre como o crime foi cometido, como o momento do emparelhamento do carro dirigido por Élcio Queiroz no momento em que ele fez os disparos. Posteriormente, também pediu desculpas às famílias das vítimas. Réu: Élcio Queiroz Élcio Queiroz presta depoimento nesta quarta-feira (30). Reprodução O ex-PM Élcio Queiroz, que dirigiu o Cobalt usado no atentado, contou em seu depoimento que não conhecia Marielle Franco antes do assassinato e que não sabia do plano para matar a vereadora. Segundo ele, até o dia do crime, ele não sabia que Lessa tinha Marielle como um alvo. Élcio também contou que não sabia que participaria de um homicídio até chegar no local do evento onde estava a vereadora, na Lapa. Segundo ele, Lessa o chamou para um "trabalho" e disse que ele precisaria dirigir, mas sem dar detalhes do "trabalho. Após o crime, o réu contou que foi junto com Lessa para um bar na Barra da Tijuca, onde ficaram bebendo até a madrugada. Élcio também contou que Lessa disse para ele que a motivação para o crime era pessoal. O ex-PM ainda afirmou que, desde a sua prisão, queria fazer um acordo de delação premiada para tentar redução de pena.
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Motorista diz que bandidos anotaram senhas de celulares roubados em ônibus na Avenida Brasil; dois suspeitos foram baleados e presos

Criminosos trocaram tiros com a PM e fizeram duas moradores reféns na tentativa de fuga. Polícia Militar monta cerco tático para prender dupla que assaltou ônibus na Avenida Brasil. O motorista do ônibus assaltado na Avenida Brasil nesta quarta-feira (30) contou que os bandidos deram uma coronhada na sua cabeça e renderam seis passageiros que estavam no coletivo antes de trocar tiros com policiais militares na altura de Bonsucesso, Zona Norte do Rio. Segundo o rodoviário, a dupla anotou as senhas dos celulares, para poder acessá-los depois. O motorista não quis se identificar. As testemunhas contaram que os bandidos subiram no ônibus na altura da Ilha do Fundão e fecharam as cortinas que cobrem as janelas para esconder a ação criminosa. Pouco depois, o motorista pediu ajuda a uma viatura da PM. Nessa hora, começou um tiroteio. Os bandidos invadiram uma casa e fugiram para a comunidade do Chaparral, onde fizeram duas mulheres reféns. Eles foram baleados e levados para o Hospital Federal de Bonsucesso, onde estão sob custódia. Os presos foram identificados como Yago Jesus Duarte, de 23 anos, e Kauã Ferreira de Souza, de 21. Ambos têm anotações criminais. Kauã estava de tornozeleira eletrônica. Um suspeito foi baleado na barriga e o outro no ombro. Os dois têm quadro de saúde grave. Mais de 20 celulares foram recuperados. No entanto, apenas 6 pessoas foram roubadas naquele coletivo. A polícia suspeita que eles assaltaram outros veículos. Pelo menos 21 celulares foram recuperados com dupla que assaltou ônibus na Avenida Brasil nesta quarta-feira (30) Reprodução Segundo as primeiras informações da Polícia Civil, um dos criminosos é de uma comunidade do bairro do Sampaio e o outro de Benfica. Durante a ação policial, duas armas e uma réplica de pistola foram apreendidos. Pelo menos 21 celulares foram recuperados. O caso foi registrado na 21ªDP (Bonsucesso).
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Lula se reúne com governadores nesta quinta para discutir mudanças na segurança pública

Governo federal planeja enviar ao Congresso proposta para ampliar a atuação da União na área; texto proposto pelo Ministério da Justiça cria nova polícia a partir da PRF. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) discute na tarde desta quinta-feira (31) com governadores, no Palácio do Planalto, mudanças nas políticas de segurança pública no país. A ideia de Lula e de auxiliares é que o governo federal participe mais da formulação e implementação das políticas públicas sobre o tema, em especial no combate ao crime organizado. Polícia procura criminosos após confronto entre facções na região central do Rio de Janeiro Reginaldo Pimenta/Agência O Dia/Estadão Conteúdo Lula também convidou representantes do Congresso Nacional e do Judiciário para o encontro, além de secretários estaduais de segurança. Lula diz que quer debater com governadores mudanças na segurança pública: 'Governo federal quer participar' O presidente quer enviar ao Congresso uma proposta da emenda à Constituição (PEC) para ampliar a atuação da União na área. 🔎Atualmente, a maior parte das atribuições de segurança cabe aos governos estaduais com suas polícias civis e militares. Projeto que torna segurança pública mais integrada será apresentado aos governadores O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, trabalhou nos últimos meses no texto da proposta. A intenção do governo é integrar as polícias, reforçar o Sistema Público de Segurança Pública (SUSP) e aumentar as responsabilidades da União. Além disso, quer criar uma nova polícia comandada pelo governo federal com mais poderes de policiamento ostensivo a partir da Polícia Rodoviária Federal (PRF). Atuação do governo federal Essa proposta muda bastante o sistema de segurança pública no Brasil e define um novo papel para o governo federal, que passa a ter mais poder e mais responsabilidade no combate ao crime, atuando em conjunto com estados e municípios. Lula planejava há meses a reunião desta quinta para ouvir opiniões dos governadores e identificar alterações na legislação com apoio majoritário. O presidente entende que é preciso reformular políticas a fim de, por exemplo, reforçar o combate ao crime organizado, que atua em diferentes estados e países. Em julho, Lula declarou que os "estados não dão conta sozinhos" da segurança pública e defendeu maior participação da Polícia Federal nas operações. "Eu acho que os estados sozinhos não dão conta. O que nós queremos é fazer uma proposta de aprovar uma PEC que defina o papel de cada um, mas que a gente dê ao povo a certeza de que a gente vai ter mais segurança pública neste país", disse Lula na ocasião. Presidente Lula durante reunião. TON MOLINA/FOTOARENA/FOTOARENA/ESTADÃO CONTEÚDO A segurança pública é um dos temas que tem pautado debates nas últimas eleições e que preocupa os brasileiros. Lula tem uma política oposta à do governo de Jair Bolsonaro (2019-2022), que facilitou o acesso da população à armas e munições. Segundo o anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o Brasil teve uma redução de 3,4% nos registros oficiais de mortes violentas intencionais ocorridas ao longo de 2023, em comparação com 2022 — uma queda de 47,9 mil para 46,3 mil vítimas. Já o número de estupros cresceu e atingiu mais um recorde. Em 2023, foram 83.988 casos registrados, um aumento de 6,5% em relação ao ano anterior. O número representa um estupro a cada seis minutos no país. Resistência O governador de Minas Gerais, Romeu Zema, enviou nesta quarta-feira (30) uma mensagem ao presidente Lula para informar que não participará da reunião em Brasília, e enviará um representante. Zema explicou que o grupo dos governadores do Sul e do Sudeste (Cosud) fez sugestões de mudança no texto da PEC para o Ministério da Justiça, mas não recebeu resposta ainda (clique aqui para ver as propostas dos governadores). "Apesar da apresentação das propostas ao Ministério da Justiça, ainda não tivemos uma resposta satisfatória sobre os pontos apresentados. Nem mesmo recebemos quais serão os termos da PEC da Segurança a ser apresentado ao Congresso", escreveu Zema a Lula. Além de Zema, Eduardo Leite (RS) e Jorginho Mello (SC) também não participarão do encontro. Pontos da PEC Entre os principais pontos, o texto: ▶️Coloca na Constituição o Sistema Único de Segurança Pública (SUSP): O sistema foi criado em 2018 por uma lei ordinária. O governo acredita que, inserido na Constituição, terá mais força. ▶️Dá poder à União para definir normas gerais para as forças de segurança: Inclui medidas como o uso de câmeras corporais, além das diretrizes para uma política nacional de segurança pública, que abrange o sistema penitenciário. As políticas serão definidas após consulta a um Conselho Nacional, composto por representantes dos estados, municípios e do governo federal. ▶️Amplia as atribuições da Polícia Federal: Especifica de forma mais clara no texto constitucional que é dever da PF combater crimes ambientais, bem como crimes cometidos por organizações criminosas e milícias privadas. ▶️Reformula a Polícia Rodoviária Federal: A PRF terá atuação ampliada, incluindo cuidados com hidrovias e ferrovias, com atuação ostensiva no combate ao crime, além das questões rodoviárias. ▶️Unifica o Fundo Nacional de Segurança Pública e o Penitenciário: Estabelece a proibição de bloqueio de recursos desses fundos.
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Halloween: a curiosa origem do Dia das Bruxas

Normalmente associada aos Estados Unidos, data tem suas raízes em festival pagão celebrado séculos atrás no Reino Unido; hoje, é o principal feriado não cristão em diversos países. Abóboras decoradas são símbolos do Dia das Bruxas Getty Images Você sabe como surgiu o Dia das Bruxas, também conhecido mundialmente como "Halloween"? É celebrado no dia 31 de outubro, principalmente nos Estados Unidos, mas, hoje em dia, comemorado em diversos outros países, inclusive no Brasil. Hábitos como o de crianças se fantasiarem para sair de porta em porta atrás de doces, ou de espalhar pela casa enfeites e adereços "assustadores" como abóboras esculpidas e iluminadas, ou de participar de festas a fantasia, são cada vez mais populares. No entanto, sua origem pouco tem a ver com o significado moderno que essa festa adquiriu. ✅ Clique aqui para seguir o canal de notícias internacionais do g1 no WhatsApp De onde vem o nome do Halloween? O Halloween tem suas raízes não na cultura americana, mas no Reino Unido. Seu nome deriva de "All Hallows' Eve". "Hallow" é um termo antigo para "santo", e "eve" é o mesmo que "véspera". O termo designava, até o século 16, a noite anterior ao Dia de Todos os Santos, celebrado em 1º de novembro. Mas uma coisa é a etimologia de seu nome, outra completamente diferente é a origem do Halloween moderno. Como esta festa começou? Hábitos como crianças irem fantasiadas de porta em porta atrás de doces vêm se tornando mais populares em diversos países Getty Images Desde o século 18, historiadores apontam para um antigo festival pagão ao falar da origem do Halloween: o festival celta de Samhain (termo que significa "fim do verão"). O Samhain durava três dias e começava em 31 de outubro. Segundo acadêmicos, era uma homenagem ao "Rei dos mortos". Estudos recentes destacam que o Samhain tinha entre suas maiores marcas a fogueira e celebrava a abundância de comida após a época de colheita. O problema com essa teoria é que ela se baseia em poucas evidências além da época do ano em que os festivais eram realizados. A comemoração, a linguagem e o significado do festival de outubro mudavam conforme a região. Os galeses celebravam, por exemplo, o "Calan Gaeaf". Há pontos em comum entre esse festival realizado no País de Gales e o Samhain, celebração predominantemente irlandesa e escocesa, mas há muitas diferenças também. Em meados do século 8, o papa Gregório 3º mudou a data do Dia de Todos os Santos de 13 de maio — a data do festival romano dos mortos — para 1º de novembro, a data do Samhain. Não se tem certeza se Gregório 3º ou seu sucessor, Gregório 4º, tornaram a celebração do Dia de Todos os Santos obrigatória na tentativa de "cristianizar" o Samhain. Mas, quaisquer que fossem seus motivos, a nova data para esse dia fez com que a celebração cristã dos santos e a do Samhain fossem unidas. Assim, tradições pagãs e cristãs acabaram se misturando. Quando surgiu o Dia das Bruxas? O Dia das Bruxas que conhecemos hoje tomou forma entre 1500 e 1800 Getty Images O Dia das Bruxas, o Halloween, que conhecemos hoje tomou forma entre 1500 e 1800. Fogueiras tornaram-se especialmente populares nessa festa. Elas eram usadas na queima do joio (que celebrava o fim da colheita no Samhain), como símbolo do rumo a ser seguido pelas almas cristãs no purgatório ou para repelir a bruxaria e a peste negra. Outro costume de Halloween era o de prever o futuro — previa-se a data da morte de uma pessoa ou o nome de seu futuro marido ou mulher. Em seu poema Halloween, escrito em 1786, o escocês Robert Burns descreve as formas pelas quais uma pessoa jovem podia descobrir quem seria seu grande amor. Muitos destes rituais de adivinhação envolviam a agricultura. Por exemplo, puxar uma couve ou um repolho do solo por acreditar que seu formato e sabor forneceriam pistas cruciais sobre a profissão e a personalidade do futuro cônjuge. Outros incluíam pescar com a boca maçãs marcadas com as iniciais de diversos candidatos e "ler" cascas de noz ou olhar um espelho e pedir ao diabo para revelar a face da pessoa amada. A comida era um componente importante do Halloween, assim como de muitos outros festivais. Um dos hábitos mais característicos envolvia crianças, que iam de casa em casa cantando rimas ou entoando orações para as almas dos mortos. Em troca, elas recebiam bolos de boa sorte que representavam o espírito de uma pessoa que havia sido liberada do purgatório. Durante o festival, as igrejas costumavam tocar seus sinos, às vezes por toda a noite. A prática era tão incômoda que o rei Henrique 3º e a rainha Elizabeth 1ª tentaram proibi-la, mas não conseguiram. Esse ritual prosseguiu, apesar das multas regularmente aplicadas a quem fizesse isso. Como a festa chegou à América? Foi nos EUA que a abóbora passou a ser sinônimo de Halloween Getty Images Em 1845, durante o período conhecido na Irlanda como a "Grande Fome", 1 milhão de pessoas foram forçadas a imigrar para os Estados Unidos, levando junto sua história e tradições. Não é coincidência que as primeiras referências ao Halloween apareceram na América pouco depois disso. Em 1870, por exemplo, uma revista americana publicou uma reportagem em que o descrevia como feriado "inglês". A princípio, as tradições do Dia das Bruxas nos Estados Unidos uniam brincadeiras comuns no Reino Unido rural com rituais de colheita americanos. As maçãs usadas para prever o futuro pelos britânicos viraram cidra, servida junto com rosquinhas, ou doughnuts em inglês. O milho era um cultivo importante da agricultura americana — e acabou entrando com tudo na simbologia característica do Halloween americano. Tanto que, no início do século 20, espantalhos — típicos de colheitas de milho — eram muito usados em decorações do Dia das Bruxas. Foi nos EUA também que a abóbora passou a ser sinônimo de Halloween. No Reino Unido, o legume mais "entalhado" ou esculpido era o turnip, um tipo de nabo. Uma lenda sobre um ferreiro chamado Jack que conseguiu ser mais esperto do que o diabo e vagava como um morto-vivo deu origem às luminárias feitas com abóboras que se tornaram o principal símbolo do Halloween americano. A tradição moderna de "doces ou travessuras" também é americana. Há indícios disso em brincadeiras medievais que usavam repolhos, mas pregar peças tornou-se um hábito nessa época do ano entre os americanos a partir dos anos 1920. As brincadeiras podiam acabar ficando violentas, como ocorreu durante a Grande Depressão, e se popularizaram de vez após a 2ª Guerra Mundial, quando o racionamento de alimentos acabou e doces podiam ser comprados facilmente. Mas a tradição mais popular do Halloween, de usar fantasias e pregar sustos, não tem qualquer relação com os doces. Ela veio após a transmissão pelo rádio, nos Estados Unidos, de uma adaptação do livro Guerra dos Mundos, do escritor inglês H.G. Wells, que gerou uma grande confusão quando foi ao ar, em 30 de outubro de 1938. Ao concluí-la, o ator e diretor americano Orson Welles deixou de lado seu personagem para dizer aos ouvintes que tudo não passava de uma pegadinha de Halloween e comparou seu papel ao ato de se vestir com um lençol para imitar um fantasma e dar um susto nas pessoas. Mas a esta altura, muitos já pensavam que, assim como no livro, a terra estava realmente sendo invadida por marcianos. E quanto ao Halloween moderno? Hoje, o Halloween é o maior feriado não cristão dos Estados Unidos. Em 2010, superou tanto o Dia dos Namorados quanto a Páscoa como a data em que mais se vendem chocolates. Ao longo dos anos, foi "exportado" para outros países, entre eles o Brasil. Por aqui, desde 2003, também se celebra nesta mesma data o Dia do Saci, fruto de um projeto de lei que busca resgatar figuras do folclore brasileiro, em contraposição ao Dia das Bruxas. Em sua "era moderna", o Halloween continuou a criar sua própria mitologia. Em 1964, uma dona de casa de Nova York chamada Helen Pfeil decidiu distribuir palha de aço, biscoito para cachorro e inseticida contra formigas para crianças que ela considerava velhas demais para brincar de "doces ou travessuras". Logo, espalharam-se lendas urbanas de maçãs recheadas com lâminas de barbear e doces embebidos em arsênico ou drogas alucinógenas. Atualmente, o festival conserva pouco de sua origem, mas, apesar de ter ganhado nova roupagem, dá oportunidade para que adultos brinquem com seus medos e fantasias. Ele permite subverter normais sociais como evitar contato com estranhos ou explorar o lado sombrio do comportamento humano. Une religião, natureza, morte e romance. Talvez seja esse o motivo de sua grande popularidade. *Texto originalmente publicado em 29 de outubro de 2017 e atualizado em 26 outubro 2021. VÍDEOS: mais assistidos do g1
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Violência em sequência: 5 mortes a tiros em Porto Alegre podem estar relacionadas, diz Brigada Militar

Caso aconteceram nos bairros Cavalhada e Camaquã. Outras duas pessoas baleadas foram mortas durante a tarde na Capital. Homem é morto na Vila Maria, em Porto Alegre Divulgação/ Brigada Militar Duas ocorrências de violência na tarde de quarta-feira (30), em Porto Alegre, resultaram em ao menos cinco mortes a tiros. A Brigada Militar (BM) não descarta a hipótese de que os casos estejam relacionados. 📲 Acesse o canal do g1 RS no WhatsApp O primeiro caso aconteceu por volta das 15h na Vila Maria, no bairro Cavalhada. A vítima, segundo a BM, apresentava perfurações causadas por disparos de arma de fogo. Estojos de munição calibre 9mm foram encontrados no local e a área foi isolada. Testemunhas relataram à BM que três homens armados chegaram a pé e dispararam contra a vítima. LEIA TAMBÉM Influenciador digital foragido por suspeita de estupro é preso no RS; homem acompanhava operações policiais nas redes sociais 'Pessoa fria e desconexa', diz delegado sobre médico preso por suspeita de matar a esposa no RS com medicações de uso restrito Corpo de mãe de menino abandonado em ônibus no RS é encontrado debaixo de cama; pai da criança é suspeito, diz polícia O segundo caso de violência aconteceu duas horas depois, por volta das 17h, na Vila Funil, no bairro Camaquã. Ainda de acordo com a BM, um veículo Argo preto teria passado atirando contra moradores, atingindo um homem, que morreu no local. Uma mulher também teria sido ferida, mas encaminhada ao hospital e não corre risco de vida. O carro foi perseguido pela Brigada Militar e colidiu nas proximidades de uma Igreja, no bairro Vila Nova, onde os suspeitos teriam entrado em confronto com os policiais. Durante o trajeto da perseguição, uma adolescente foi baleada e um homem foi atropelado, ambos foram socorridos e não correm risco de vida. O confronto com os agentes resultou na morte dos três ocupantes do veículo. No carro, a BM apreendeu quatro armas de fogo. A polícia investiga a conexão entre os dois casos, dada a proximidade dos horários e a intensidade dos episódios. Mais duas mortes Outras duas ocorrências em Porto Alegre deixaram mais dois mortos na quarta-feira (30). Em um dos casos, um homem foi morto e outros dois ficaram feridos na Vila Maria da Conceição, na Zona Leste da cidade. A ocorrência aconteceu por volta das 14h15. De acordo com informações do delegado Carlos Eduardo de Assis, dois homens desceram de um veículo na Rua Barão do Amazonas e dispararam contra outros três indivíduos, que estavam em frente a um comércio local. Um dos homens teria tentado fugir dos disparos e ingressado no pátio da 1ª Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa de Porto Alegre, quando foi atingido (veja vídeo acima). Ele chegou a ser socorrido, mas morreu a caminho do hospital. Homem é morto durante tiroteio próximo a delegacia Em outra situação, um homem foi morto após tentar assaltar uma policial, na Zona Sul de Porto Alegre por volta das 17h30, no bairro Gloria. A policial militar estava de folga e, no momento em que estacionava o carro, o homem de 24 anos anunciou o assalto. Ela reagiu e baleou o suspeito, que morreu no local. Segundo informações da polícia, ele tinha antecedentes criminais. O local foi isolado para realização da perícia. Homem é morto após tentar assaltar uma policial, na Zona Sul de Porto Alegre Reprodução/ RBS TV VÍDEOS: Tudo sobre o RS
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Belém registra dois homicídios nos bairros do Marco e Pedreira

Vítimas eram homens, com idade entre 35 a 50 anos. Polícia informou que investiga os casos. Sirene de viatura da PM - 28/02/2021 g1 A Polícia Civil investiga dois assassinatos na tarde desta quarta-feira (30), nos bairros do Marco e da Pedreira, em Belém. As vítimas eram homens, com idade entre 35 a 50 anos. Um dos assassinatos vitimou César Trocolos, de 50 anos. Ele estava trabalhando quando foi abordado por dois criminosos na passagem Valdir Acatauassú, no bairro do Marco. Segundo testemunhas, após os disparos de arma de fogo contra a vítima os bandidos fugiram do local sem levar nada. A vítima morreu na hora. César Trocolos era da Igreja Adventista e ensinava música para as crianças da congregação. Ele deixa três filhos e dois netos. "O César, ele era muito conhecido no bairro, da Igreja Adventista. Era uma pessoa muito alegre pra todos nós aqui", afirma o autônomo Luciano Navegantes. O outro homicídio ocorreu no bairro da Pedreira. Dois homens em uma moto pararam em uma praça na travessa Mauriti, esquina com a avenida Visconde de Inhaúma e efetuaram vários disparos contra Juan Felipe Marques e Silva, de 35 anos. A vítima morreu na hora e os criminosos fugiram do local. O crime, com características de execução, está sendo investigado pela Divisão de Homicídios. 📲 Acesse o canal do g1 Pará no WhatsApp VÍDEOS: veja todas as notícias do Pará Confira outras notícias do estado no g1 PA
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Investigação sobre quebra-quebra no Mangueirão durante jogo entre Remo e Botafogo da Paraíba é concluída

Três suspeitos que estavam presos temporariamente tiveram a prisão convertida para preventiva. PC conclui investigação sobre tumulto ocorrido em partida entre Remo e Botafogo da Paraíba. Divulgação/PC A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Proteção ao Torcedor e de Grandes Eventos (DPTGE), concluiu nesta quarta-feira (30) a investigação sobre o tumulto durante o jogo entre Remo e Botafogo da Paraíba, no dia 31 de agosto, em Belém. As três pessoas que já estavam presas, entre elas um diretor da Torcida Organizada Remoçada, foram indiciadas e tiveram a prisão preventiva mantida. O inquérito policial foi encaminhado para o Poder Judiciário. Os suspeitos devem responder pelos crimes de tumulto desportivo, corrupção de menores, dano qualificado ao patrimônio público, associação criminosa qualificada pelo uso de menor de idade, lesão corporal e homicídio qualificado tentado por motivo fútil. 📲 Acesse o canal do g1 Pará no WhatsApp Entenda o caso De acordo com as investigações, vários integrantes de uma torcida organizada do Clube do Remo arremessaram pedras contra o ônibus dos torcedores adversários e uma guarnição da Polícia Militar. Segundo o delegado Marcos André, titular da Delegacia do Torcedor, a situação foi extremamente grave e, além das pedras, um extintor de incêndio de 8 kg foi lançado do anel superior do estádio em direção aos policiais e torcedores do Botafogo. A atitude dos torcedores do Remo poderia ter causado, além de ferimentos sérios, a morte de algum torcedor, policial militar, ou qualquer pessoa que estivesse passando embaixo, tendo em vista que o extintor foi arremessado de uma altura superior a 20 m. Investigações Delegacia de Proteção ao Torcedor e de Grandes Eventos (DPTGE) identificaram 10 dos suspeitos, que foram presos temporariamente. Três deles tiveram a prisão convertida em preventiva e os outros sete foram liberados, porém também foram indiciados pela atividade ilegal e impedidos de frequentar estádios de futebol. VÍDEOS: veja todas as notícias do Pará Confira outras notícias do estado no g1 PA
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PF prende brasileira que tentava embarcar com cocaína à Europa pelo Aeroporto de Viracopos

Droga estava em fundo falso de bagagem despachada em voo que seguiria para Orly, na França. Operação neste ano já prendeu 43 pessoas e apreendeu 291kg de entorpecentes no terminal em Campinas (SP). Cocaína apreendida em fundo falso da mala de passageira brasileira que tentou embarcar em Viracopos, em Campinas (SP), com destino a Orly, na França Polícia Federal A Polícia Federal prendeu uma brasileira de 24 anos que tentou embarcar com cocaína à Europa pelo Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), nesta quarta-feira (30). A droga estava escondida no fundo falso da bagagem despachada. A passageira tinha como destino Orly, na França. Foram apreendidos 2,9kg de cocaína. 📲 Participe do canal do g1 Campinas no WhatsApp A apreensão ocorreu por meio da Operação Portão Oito, que conta com apoio da Receita Federal. Neste ano, 43 pessoas já foram presas no terminal em Campinas por tráfico de drogas por conta da fiscalização da PF. Prisões: 43 pessoas (26 homens e 17 mulheres); Drogas apreendidas: 291 kg (133kg de cocaína, 125kg de maconha, 33kg de MDMA); Segundo a PF, a pena prevista para o crime de tráfico internacional de drogas pode chegar a 25 anos de prisão. VÍDEOS: tudo sobre Campinas e região Veja mais notícias sobre a região no g1 Campinas
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Homem é condenado a mais de 15 anos de prisão por matar jovem durante 'festa clandestina' em Ji-Paraná, RO

Suspeito foi preso tentando se esconder em uma caixa d’água. Homem era acusado de duplo homicídio, mas o júri descartou a autoria de uma das mortes por falta de provas. Marcos tentou se esconder atrás de caixa de água após duplo homicídio Polícia Civil/Reprodução A Justiça de Rondônia condenou Marcos Antônio Azevedo Santana, pelo crime de homicídio. Ele foi acusado de matar Jorge Augusto Lavor Barros Júnior e Raul de Lima Gonçalves, durante uma discussão em uma “festa clandestina” em novembro de 2023, na zona rural de Ji-Paraná (RO). O julgamento foi realizado na última quinta-feira (24), na comarca da cidade. De acordo com a sentença, o réu era acusado pelo duplo homicídio, mas o júri condenou o homem somente pela morte de Jorge Augusto Lavor Barros Júnior. A autoria do réu na morte de Raul de Lima foi descartada por falta de provas. Ainda de acordo com a decisão, o homem não possuía antecedentes criminais. Marcos foi condenado a 16 anos e 4 meses de prisão, inicialmente em regime fechado. O júri considerou o crime como motivo fútil e recurso que dificultou a defesa da vítima, o que influenciou na sentença final. LEIA MAIS: Casal e filho morrem após pneu de caminhão estourar e veículo atingir carro da família em MT Suspeito de matar jovem em conveniência de Porto Velho é preso na Bolívia três meses depois do crime Entenda o caso O crime aconteceu durante uma "festa clandestina" em um fim de semana em Ji-Paraná (RO). As vítimas do duplo homicídio foram identificadas como Jorge Augusto Lavor Junior e Raul de Lima Gonçalves. Na época, a Polícia Militar (PM) disse que uma festa não autorizada estava sendo realizada numa chácara da linha 94. Em determinado momento do evento, Raul teria iniciado uma discussão com um homem, que sacou uma arma e atirou na vítima. O amigo de Raul, Jorge Augusto, tentou intervir, mas foi atingido na barriga por um dos disparos. Os dois amigos baleados foram socorridos por testemunhas e levados até a cidade de Ji-Paraná (RO). Jorge morreu após dar entrada no pronto-socorro do Hospital Municipal e Raul foi levado até a Unidade de Pronto Atendimento (UPA) no segundo distrito, mas também não resistiu aos ferimentos. Logo depois a guarnição identificou que o suspeito de atirar em Raul e Jorge havia fugido para a casa da namorada, na zona urbana. Os militares foram até a residência da mulher, em um conjunto de apartamentos, localizaram e prenderam o suspeito em cima da caixa d’água do conjunto habitacional. A polícia não informou se a arma do crime foi apreendida ou encontrada. VEJA MAIS: Acusado de duplo homicídio tem prisão mantida
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